quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

O que é que 2017 me deixou?


                                  Resultado de imagem para mae e filha ilustração
Para além de me aparecerem os primeiros cabelos brancos, fica para sempre a grande lição, do que é educar a uma adolescente.
Ser mãe é talvez o maior aprendizado da vida. Desde o primeiro momento, com todas as etapas, com todas as coisas boas e más. Felizmente, até à fase da adolescência, sempre acreditei piamente que seria fácil. Tive a filha que qualquer pessoa desejaria. Ilusões.
Conheci na pele a expressão "filhos criados, trabalhos dobrados" ... meu Deus. Como é que nunca tive realmente noção do significado dessa expressão?! Talvez por ingenuidade, até achava que era um pouco exagerada. Mas não é. Para mim pelo menos não tem sido. A adolescência da minha filha tem sido para mim um murro no estômago.
Talvez porque me habituei a uma filha doce, educada, responsável, inteligente, carinhosa, integra,  atenciosa, amiga do seu amigo, defensora acérrima dos mais fracos... mas principalmente uma grande companheira de vida. Assim era ela em pequenina, até aos 13 anos.
De um dia para outro, mudou. claro que nunca é de um dia para o outro. Existem sinais, que eu ignorei.
Jamais me perdoarei por não lhes ter dado o devido valor.
Hoje é uma miúda irreverente, com mau feitio, preguiçosa para a escola, desmotivada. Quer ser crescida a todo o custo. Usa as minhas roupas sem pedir permissão, está uma miúda agressiva.... e mais uma lista de coisas que aqui poderia enumerar.
A adolescência é um labirinto escuro. Para mim essa é sem duvida a melhor definição. Sinto-me a andar no escuro.
Amigas minhas dizem que estou a levar isto demasiado a peito... Talvez.
2017 foi um ano marcado por um coração aflito. Com infinitas duvidas. Com infinitas questões sem respostas.